Nosso universo pode ser apenas um "vômito" de um buraco negro de quatro dimensões

Cientistas propuseram uma nova forma de pensar sobre como o universo começou. Em uma nova imaginação da Teoria do Big Bang, eles acreditam que tudo pode ter sido resultado de um colapso de estrela de quatro dimensões que formou um buraco negro, o qual começou a soltar todas as suas entranhas e, gentilmente, formou nosso universo.

 

A Teoria do Big Bang padrão tem algumas limitações. A singularidade - a ideia de que tudo veio essencialmente do nada - é uma delas. O fato do universo estar em uma temperatura quase uniforme é outra, porque isso não condiz com a velocidade no qual ele se expandiu. Então físicos frequentemente ponderam teorias alternativas que possam explicar a origem do universo.

 

E é isso o que fez Niayesh Afshordi, um astrofísico do Perimeter Institute for Theoretical Physics do Canadá. Eis, de maneira bem simplificada, o que ele propõe:

 

- O nosso universo tridimensional flutua como uma membrana de um "universo maior" que tem quatro dimensões.

- Este "universo maior" tem estrelas 4D, que seguem o mesmo ciclo de vida das nossas 3D.

- As mais massivas explodiram como supernovas, e seu núcleo central caiu em um buraco negro, como no nosso universo, mas em 4D.

- O buraco negro 4D tem o seu próprio "horizonte de evento" 4D, a fronteira entre o que está dentro e o que está fora do buraco negro.

- Em um universo 3D, o horizonte de eventos parece ser em 2D. Em um universo 4D, parece ser 3D (você consegue ver onde isso vai chegar?)

- O buraco negro 4D, então, explode, e os restos de matéria formam uma membrana 3D, em torno de um horizonte de eventos em 3D, que se expande e é, essencialmente, o nosso universo.

 

Então, de acordo com a teoria, o nosso universo é basicamente as entranhas vomitadas por um buraco negro em 4D. A expansão do horizonte de eventos explica a expansão do nosso universo; o fato da sua criação vir de outro universo 4D explica a uniformidade estranha de temperatura. Você pode parar um pouco para processar tudo isso.

 

Claro, é apenas especulativo; é complicado saber exatamente o que aconteceu no nascimento do nosso universo, e o trabalho ainda vai ser revisado, mas pesquisadores acreditam que ele é promissor. Além disso, há alho reconfortante na noção de que todos nós somos apenas respingos de um enorme vômito estelar.

 

Fonte: Gizmodo