Magnata russo anuncia com Stephen Hawking projeto para realizar missão interestelar
- 13/04/2016 00:34
Chamado de Breakthrough Starshot, o programa tem apoio de nomes de peso, como Stephen Hawking, o físico, e Mark Zuckerberg, o nerd. Curtiu? O gerenciamento fica por conta de Pete Worden, ex-diretor do Centro Ames de Pesquisa, da Nasa. O objetivo é vermos a primeira espaçonave interestelar não-tripulada chegar a Alfa Centauri, a estrela mais próxima daqui, ainda nesta geração — e “apenas” 20 anos depois de lançada.
Pode parecer muito, mas não é. Para cobrir os 4,3 anos-luz que nos separam de lá em duas décadas, seria preciso atingir 20% da velocidade da luz. Já com as tecnologias atuais de propulsão, a mesma viagem consumiria dezenas de milhares de anos.
O método para a viagem é similar ao recentemente defendido pelo físico Philip Lubin, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara. Mas, em vez de usar lasers em órbita da Terra, o complexo de canhões seria construído em solo.
Um satélite convencional então levaria ao espaço uma série de nanossondas minúsculas, com velas levíssimas e toda a tecnologia embarcada instalada num único chip. Essas seriam nossas primeiras embaixadoras interestelares.
Disparado da Terra, o superlaser poderia acelerá-las a 20% da velocidade da luz em questão de minutos.
Embora a física envolvida no processo seja toda conhecida, o trabalho ainda exigirá grandes esforços de pesquisa e desenvolvimento. A Breakthrough Starshot se compromete a divulgar todos os seus resultados publicamente e convida a comunidade internacional a cooperar no projeto. Afinal de contas, para uma iniciativa dessa magnitude, US$ 100 milhões é um bom começo, mas é também apenas isto: um começo.
Lembrando que esta é apenas a mais nova das ideias alavancadas pelo programa Breakthrough Initiatives, que Milner começou a apresentar no ano passado. Naquela ocasião, ele anunciou o financiamento do maior programa de busca por inteligência extraterrestre da história.